Neste blogue, uso uma ferramenta de coleta de dados sobre os visitantes, o Google Analytics. Não que eu tenha metas de visitação para este espaço, mas deixei acionado para ver no que dava. Olhando os relatórios, estava pensando no perfil daqueles que costumam ler o que escrevo. Há quem eu já conheça, mas fiquei pensando sobre o resto da "nuvem" (quando modelamos alguma coisa envolvendo Internet, é muito comum usar um desenho de nuvem para representar a Internet).
Vou mostrar algumas coisas interessantes. As visitas partiram de 25 cidades até hoje, Porto Alegre e São Paulo, principalmente. Minha surpresa está em haver várias visitas partindo de Osasco, pois não lembro de ninguém de lá ter se declarado meu leitor. Lugares sem explicação: Los Angeles, Salvador, Vitória, Sacavem e Evora (ambas em Portugal). Já fui achado por pesquisas no Google, com palavras-chaves óbvias ("alexandre martinazzo") e outras mais exóticas, como "foto kg or kilos or quilos 'muito magro'" e "como falar numa reunião com as pessoas". Vai entender.
A maioria das pessoas acessa a raiz do blogue, mas 3 publicações têm mais destaque: uma sobre intercâmbio, outra em que usei o gancho do centenário da imigração japonesa e uma pequena reflexão acerca do Dia da Consciência Negra.
Para que serve isso? Não sei, mas vou continuar coletando dados e ver se fica mais interessante em alguns meses... :P
domingo, 25 de maio de 2008
Outra leitura agradável
Algum tempo atrás, tinha prometido para mim mesmo ler o livro "Mitologia dos Orixás", de Reginaldo Prandi. Não li; a promessa foi parcialmente cumprida: dei algumas olhadas no livro, mas não fui muito nem um pouco além do começo (diga-se de passagem, o prefácio do livro é muito esclarecedor). Preciso encontrar uma alternativa para ler um livro tão bom e, ao mesmo tempo, tão pesado (sim, o peso do livro que se lê faz diferença quando ele é carregado na mochila!).
O fato é que estou acabando o livro "Comment je suis devenu stupide", de Martin Page. Uma leitura muito agradável, recomendação do Leandro, que trabalha comigo. O livro trata da história de Antoine na sua tentativa de deixar de ser racional. Ele acredita na ignorância como sua única salvação para sua insatisfação com a vida; ela vai conduzi-lo à felicidade. O livro é bem interessante e tem um humor sutil (mas nem sempre...). Uma coisa curiosa sobre ele é que essa é minha primeira leitura datada do século XXI (não vale leitura profissional, né?). Enfim, fica mais uma recomendação: leia esse livro. Se você não estiver tentando praticar francês como eu, não tem problema, o livro tem tradução para português.
O fato é que estou acabando o livro "Comment je suis devenu stupide", de Martin Page. Uma leitura muito agradável, recomendação do Leandro, que trabalha comigo. O livro trata da história de Antoine na sua tentativa de deixar de ser racional. Ele acredita na ignorância como sua única salvação para sua insatisfação com a vida; ela vai conduzi-lo à felicidade. O livro é bem interessante e tem um humor sutil (mas nem sempre...). Uma coisa curiosa sobre ele é que essa é minha primeira leitura datada do século XXI (não vale leitura profissional, né?). Enfim, fica mais uma recomendação: leia esse livro. Se você não estiver tentando praticar francês como eu, não tem problema, o livro tem tradução para português.
terça-feira, 20 de maio de 2008
Mudanças de trânsito em Sampa: para melhor?
Há algum tempo atrás, a Prefeitura anunciou a probição de circulação de caminhões entre 5h e 21h (de segunda à sexta; aos sábados, das 10h às 14h), em certas regiões. Claro, muitos comerciantes não estão nem um pouco satisfeitos com a decisão, mas a alegação é que a medida era necessária. Hoje de manhã, na rádio Bandeirante, ouvi alguém da Secretaria de Transportes falando sobre o assunto. Ele falou algo sobre não ser justo restringir ainda mais a circulação de carros, pois o rodízio já está aí todos os dias. Além disso, estudam-se as exceções e como será a fiscalização, já que a restrição deverá começar no dia 30 de junho.
Agora a pergunta: vai resolver o problema do trânsito? Claro que não; minha hipótese é de melhoria no curto prazo. Nas vias muito críticas, talvez nem isso (as Marginais estão de fora da restrição, por exemplo). Imagino que a dinâmica será parecida com a do atual rodízio, na qual o trânsito melhorou no início, mas voltou a piorar com o crescimento da frota. A diferença aqui é a motivação inicial: o rodízio estaria aí para melhorar a qualidade do ar (incrível, não?). Ouvi uma frase ironizando a proposta: "vai ser carro pequeno ocupando lugar de carro grande".
O mais curioso é ler que São Paulo vai "parar" em cinco anos. Vira e mexe, eu vejo especialistas falando sobre priorizar o transporte público, sobre quantos carros são necessários para levar as pessoas em um ônibus e coisas do tipo, mas a luz no fim desse túnel ainda está longe.
Agora a pergunta: vai resolver o problema do trânsito? Claro que não; minha hipótese é de melhoria no curto prazo. Nas vias muito críticas, talvez nem isso (as Marginais estão de fora da restrição, por exemplo). Imagino que a dinâmica será parecida com a do atual rodízio, na qual o trânsito melhorou no início, mas voltou a piorar com o crescimento da frota. A diferença aqui é a motivação inicial: o rodízio estaria aí para melhorar a qualidade do ar (incrível, não?). Ouvi uma frase ironizando a proposta: "vai ser carro pequeno ocupando lugar de carro grande".
O mais curioso é ler que São Paulo vai "parar" em cinco anos. Vira e mexe, eu vejo especialistas falando sobre priorizar o transporte público, sobre quantos carros são necessários para levar as pessoas em um ônibus e coisas do tipo, mas a luz no fim desse túnel ainda está longe.
sábado, 3 de maio de 2008
Núcleo Linux
Lendo um artigo no blog do Jonh Wendell, fui levado a ler sobre as estatísticas do desenvolvimento do Linux (em inglês), o núcleo dos sistemas operacionais GNU/Linux, como Ubuntu, Arch Linux, Fedora e outros.
Para quem não sabe, o núcleo é a parte do sistema operacional que gerencia, entre outros, a memória e o hardware. Para dar um exemplo, quando você aperta uma tecla do seu teclado, o núcleo é chamado para "interpretar" a tecla. Esse exemplo foi simples, mas o núcleo é uma das partes mais escabrosas de um sistema operacional.
Voltando: os números mais assustadores (para mim) ficam por conta do número de linhas adicionadas, apagadas e modificadas por dia: 3621, 1550 e 1425, respectivamente. Essa é a média dos últimos 2 anos e meio. Insano! E o detalhe: o código (incluindo documentação e scripts para compilação, mas esses são um percentual pequeno do total) está chegando à casa das 9 milhões de linhas! A última versão estável (2.6.24) tem simplesmente 1057 desenvolvedores e 186 empresas bancando o desenvolvimento. Daí a pujança do desenvolvimento.
O motivo de tantas empresas patrocinarem o desenvolvimento de software livre?
Para quem não sabe, o núcleo é a parte do sistema operacional que gerencia, entre outros, a memória e o hardware. Para dar um exemplo, quando você aperta uma tecla do seu teclado, o núcleo é chamado para "interpretar" a tecla. Esse exemplo foi simples, mas o núcleo é uma das partes mais escabrosas de um sistema operacional.
Voltando: os números mais assustadores (para mim) ficam por conta do número de linhas adicionadas, apagadas e modificadas por dia: 3621, 1550 e 1425, respectivamente. Essa é a média dos últimos 2 anos e meio. Insano! E o detalhe: o código (incluindo documentação e scripts para compilação, mas esses são um percentual pequeno do total) está chegando à casa das 9 milhões de linhas! A última versão estável (2.6.24) tem simplesmente 1057 desenvolvedores e 186 empresas bancando o desenvolvimento. Daí a pujança do desenvolvimento.
O motivo de tantas empresas patrocinarem o desenvolvimento de software livre?
None of these companies are supporting Linux development as an act of charity; in each case, these companies find that improving the kernel helps them to be more competitive in their markets.Minha tradução:
Nenhuma dessas empresas apóiam o desenvolvimento do Linux como um ato de caridade; em cada caso, essas empresas acreditam que a melhoria do núcleo [também chamado de kernel] as ajuda a ser mais competitiva em seus mercados.Depois ainda dizem que software comercial é software proprietário. Recomendo a leitura na íntegra. Se você não estiver interessado em estatísticas de código, recomendo a leitura da conclusão, pelo menos.
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