Jaime Balbino publicou uma entrevista com David Cavallo, representante da OLPC na América Latina. Vale a pena dar uma lida. Está em inglês, mas o autor se comprometeu a traduzir em breve.
A entrevista está legal e tudo mais, mas não vai fundo na questão da licitação do UCA, vencida pela Positivo. Ao invés disso, David critica a política de desenvolvimento do governo, tentando investir em fabricação/produção e não em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento em Engenharia, onde está a inteligência da coisa toda. No caso específico do projeto UCA, esses investimentos até existiram no ano de 2007, mas foram bastante modestos comparados às possibilidades. Além disso, o foco da pesquisa tecnológica foi em testes. Como um mero engenheiro, acho que havia mais a ser explorado nesse sentido.
Para dizer a verdade, nunca soube distinguir claramente as responsabilidades de Estado e as da iniciativa privada. Em pesquisa e desenvolvimento, a iniciativa privada é talvez até mais importante que o Estado. Pelo menos dentro das premissas do capitalismo neo-liberal, eu acho. Por outro lado, quando o assunto é Educação, a participação do Estado é fundamental. Aí vem a dúvida: pesquisa em tecnologia na Educação fica na mão de quem? Se eu encontrar uma resposta menos confusa, eu publico. Se você tiver uma, comente aqui, por favor.
Eu tenho dúvidas, como tu. Acho que a empresa privada sempre voa em relação ao Estado porque a empresa visualiza mercado antes de o Estado ver necessidade de ação. Isso em qualquer país.
ResponderExcluirO que me espanta no processo é a OLPC, uma organização sem fins lucrativos, mas super bem administrada, ratear com essa licitação, que parece ser crucial.
Bem, aguardemos, pois, as cenas dos próximos capítulos!
Beijocas