A Câmara dos Deputados aprovou o Estatuto da Igualdade Racial depois de 10 anos de discussão (enrolação?). Entretanto, brancos e negros se relacionam bem no cotidiano. Afinal, para que serve este Estatuto se vivemos numa democracia racial? É preciso legislar a harmonia existente entre as raças no Brasil?
Em geral, a palavra racismo é associada a uma discriminação explícita e violenta. Isso, definitivamente, não é a realidade do Brasil de hoje, com pouquíssimas exceções por aí. A miscigenação também é apontada como um fator absolutamente evidente da nossa democracia racial. Ainda assim, colocar nossa sociedade como uma democracia racial não é correto.
Olhando para a distribuição populacional com o recorte de raça/cor [1], a distribuição entre brancos e afrodescendentes é bastante próxima. Se olharmos para a estrutura de poder, ou até mesmo para a ocupação de posições de destaque (como modelos, atores e atrizes), é fácil notar que não estamos nada perto da equidade.
Esse estado não é simplesmente o resultado natural das coisas. A desigualdade é uma construção de séculos. Não vamos esquecer que, no início da construção da sociedade brasileira atual, com a vinda dos portugueses, tínhamos a escravidão. Ou seja, os racistas explícitos e violentos participaram da construção da nossa sociedade. A questão é: quando houve um processo político real de desconstrução da desigualdade racial? E não venha mencionar o 13 de maio.
Por isso, é preciso sim legislar sobre a harmonia da preservação da desigualdade. É justamente aí que está o racismo brasileiro, não nas ações individuais.
[1] - vide pesquisas de censo populacional do IBGE
domingo, 27 de setembro de 2009
terça-feira, 22 de setembro de 2009
redhat.com | Open Source World Map
Ao assistir a palestra do Maddog, voltou a minha mente um mapa. Sim, um mapa. Um mapa mundi, devo dizer; desses com divisão política, mesmo. O grande diferencial é a indicação da adoção de software livre pelo mundo afora.
O Brasil é considerado um país com alto índice no mapeamento: 12º na classificação geral e 3º no setor governamental. Olhando essa classificação, fica claro a grande discrepância no setor empresarial, ocupando a posição 43.
Não sei como está a evolução do mapeamento, mas creio que a participação tende a aumentar, mesmo com uma grande parte dos usuários pirateando sistemas Microsoft. Isso é meu palpite em função das iniciativas de Universidades, de eventos de grande porte como o FISL e do grande impulso do governo federal.
Confira você mesmo o tal do mapa produzido pela Red Hat.
O Brasil é considerado um país com alto índice no mapeamento: 12º na classificação geral e 3º no setor governamental. Olhando essa classificação, fica claro a grande discrepância no setor empresarial, ocupando a posição 43.
Não sei como está a evolução do mapeamento, mas creio que a participação tende a aumentar, mesmo com uma grande parte dos usuários pirateando sistemas Microsoft. Isso é meu palpite em função das iniciativas de Universidades, de eventos de grande porte como o FISL e do grande impulso do governo federal.
Confira você mesmo o tal do mapa produzido pela Red Hat.
sábado, 19 de setembro de 2009
Maddog vai à Poli
Ontem assisti uma palestra do Maddog na Poli. Não é a primeira vez que o vejo, mas sempre há algo novo a aprender na discussão sobre software livre. Digo isso pelo fato de a palestra ter sido basicamente sobre motivar pessoas a usar software livre em novos projetos e empreendimentos.
Esse é um assunto com o qual tenho uma familiaridade razoável. Aliás, software livre é o tema principal deste blogue. A parte mais interessante, inclusive, foi para quem o Maddog estava falando.
A palestra foi especialmente marcada para alunos do quinto ano do curso de Engenharia Elétrica (opção Sistemas Eletrônicos) cursando a disciplina de Projeto de Formatura. O convite foi feito pelo prof. Dr. Marcelo Zuffo, um dos coordenadores da disciplina.
Na seção de perguntas, ainda rolou um debate interessante sobre o papel de tecnologias e padrões livres em tempos de guerra. Uma discussão acalorada, mas bastante proveitosa.
Esse é um assunto com o qual tenho uma familiaridade razoável. Aliás, software livre é o tema principal deste blogue. A parte mais interessante, inclusive, foi para quem o Maddog estava falando.
A palestra foi especialmente marcada para alunos do quinto ano do curso de Engenharia Elétrica (opção Sistemas Eletrônicos) cursando a disciplina de Projeto de Formatura. O convite foi feito pelo prof. Dr. Marcelo Zuffo, um dos coordenadores da disciplina.
Na seção de perguntas, ainda rolou um debate interessante sobre o papel de tecnologias e padrões livres em tempos de guerra. Uma discussão acalorada, mas bastante proveitosa.
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